Princípios Educativos em Creche
Gabriela Portugal (2008) afirma que a creche estimula experiências na vida da criança, contribuindo para a sua aprendizagem através das interações com o mundo físico e social.
Segundo a mesma autora, na valência creche, são essenciais as rotinas e os tempos de atividades livres, visto que as crianças possuem melhor desenvolvimento em contextos vivazes.
É necessária a existência de uma relação de confiança, bem como de um ambiente seguro, saudável e, sobretudo, de um ambiente adequado ao desenvolvimento. A criança deve dispor de liberdade para explorar, desenvolvendo os seus sentidos.
Gabriela Portugal, para tal, defendeu um conjunto de 10 princípios:
Primeiro princípio - Envolver as crianças nas coisas que lhes dizem respeito;
Segundo princípio - Investir em tempos de qualidade procurando-se estar completamente disponível para as crianças;
Terceiro princípio - Aprender a não subestimar as formas de comunicação únicas de cada criança;
Quarto princípio - Investir tempo e energia para construir uma pessoa “total”, trabalhando os diferentes níveis de desenvolvimento;
Quinto princípio - Respeitar as crianças e ajudá-las a reconhecer e a lidar com os seus sentimentos;
Sexto princípio - Ser verdadeiro nos nossos sentimentos relativamente às crianças;
Sétimo princípio - Modelar os comportamentos que se pretende ensinar;
Oitavo princípio - Reconhecer os problemas como oportunidades de aprendizagem e deixar as crianças tentarem resolver as suas próprias dificuldades;
Nono princípio - Construir segurança, ensinando a confiança;
Décimo princípio - Procurar promover a qualidade do desenvolvimento em cada fase etária, mas não apressar a criança para atingir determinados níveis de desenvolvimento, visto que cada criança tem períodos de desenvolvimento diferentes.
Resumidamente, qualquer que seja a interação, deve existir sempre o respeito, principalmente pelos sentimentos da criança; a educadora deve estar sempre presente para apoiar a criança, deve valorizar o tempo passado com ela e deve dar liberdade à criança (sem excesso), visto que só beneficia o seu desenvolvimento. O educador é, portanto, um modelo transmissor de qualidades e princípios que serão incutidos na criança.